Neste post vou te mostrar um estudo sobre super séries visando analisar se o mesmo consegue proporcionar um maior gasto calórico.
O gasto energético (GE) do treinamento de força (TF) pode variar de 2,4 kcal / min a 7,9 kcal / min.
Uma das maneiras de aumentar a intensidade do treinamento, envolve a manipulação dos exercícios para os grupamentos musculares.
Super Séries
Neste contexto, as super séries (exercícios, na sequência, para o mesmo ou diferente grupo muscular) são citadas como válidas no aumento da intensidade do exercício (e consequentemente do gasto energético).
Diante disso, Brentano et al. (2016) separaram 20 homens em 2 protocolos de treinamento:
Protocolo 1 – Super Séries
Super séries para o mesmo grupamento muscular (MG)
Os participantes realizaram exercícios combinados: uma série de Leg Press 45º seguida imediatamente por uma série de Cadeira Extensora, sem descanso entre cada exercício.
Após cinco séries, os participantes realizaram uma série de Supino com Halteres, imediatamente seguida por uma série do exercício Peck Deck, sem descanso entre cada exercício.
Protocolo 2 – Super Séries
Super séries para diferentes grupamentos musculares (DG)
Os participantes realizaram uma série de Supino com Halteres, seguidos imediatamente por uma série de exercícios de Cadeira Extensora, sem descanso entre cada exercício.
Após cinco séries, os participantes realizaram uma série de Leg Press 45º imediatamente seguida por uma série no Peck Deck, sem descanso entre cada exercício.
Foram realizadas 5 séries de 8-10 repetições máximas.
Houve 3 minutos de descanso entre cada dois exercícios.
Ambas as sessões foram realizadas com cargas equivalentes a 85% de 10 RM.
O gasto calórico de cada sessão foi obtido durante e 60 minutos após cada sessão de treino.
Resultados
Durante o exercício, o gasto energético foi maior no protocolo 2 em comparação com o grupo do protocolo 1 (DG: 131,77 vs. MG: 123,8 kcal).
Este padrão foi alterado durante o período pós-exercício, quando o protocolo 1 induziu maior gasto energético comparado ao protocolo 2 (MG: 25,12 vs. DG: 19,76 kcal).
Entretanto, a sequência do exercício não influenciou o gasto energético geral (DG: 151,53 kcal vs. MG: 148,92).
Conclusão
O presente estudo indica que a ordem dos exercícios durante uma sessão típica de treinamento não afeta o gasto calórico total de homens fisicamente ativos.