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Análise Cinesiológica da Mesa Flexora

mesa flexora - análise cinesiológica
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Escrito por Marcelo Gomes

Personal Trainer especializado em Hipertrofia Muscular

Neste post vou te ensinar tudo sobre a análise cinesiológica da Mesa Flexora. Você vai aprender sobre a importância dos músculos envolvidos, como que funciona a articulação do joelho, como que deve ser feito o movimento e muitas curiosidades.

A Mesa flexora é um importante exercício que utiliza a articulação dos joelho.

Análise Cinesiológica da Mesa Flexora

Análise Cinesiológica da Mesa Flexora

A interpretação e organização das análises da mesa flexora estão obedecendo os seguintes critérios:

  • Uma pequena introdução da articulação e musculatura, seguida da caracterização articular;
  • Descrição do movimento (posição inicial, execução e posição final);
  • Plano de apoio e o seu eixo;
  • Envolvimento dos músculos (principal e secundário);
  • Análise do sistema de alavancas (considerando a musculatura principal como o ponto de referência de força);
  • Curiosidades sobre o exercício.

O fortalecimento da musculatura das coxas é fundamental para o ser humano, pois estas são possivelmente as principais responsáveis pelo desenvolvimento de atividades simples do cotidiano como, por exemplo, sentar e caminhar.

Segundo Campos (2000) a falta de estabilidade articular no joelho representa apenas mais um motivo para o fortalecimento desses grupamentos musculares que, consequentemente desencadeará a diminuição dos riscos de lesões ligamentares, ósseas, tendíneas e musculares da região.

O joelho visto por dentro - Cadeira Extensora e Mesa Flexora
O joelho visto por dentro

Campos (2000) ainda faz menção quanto a importante função da articulação e dos seus músculos quanto a absorção de impactos durante caminhadas, saltos e tantos outros movimentos de moderada à grande exigência.

Da articulação do joelho será realizada a análise cinesiológica do Exercício Mesa Flexora

Aspectos da articulação do joelho

Esta articulação, segundo Miranda (2000), é constituída por três outras articulações pequenas, ou superfícies articulares menores, sendo estas:

  • Tibiofemurais Medial;
  • Tibiofemurais Lateral;
  • e a Patelofemural.

Logo os ossos que a constituem são:

  • o fêmur;
  • a tíbia;
  • e a patela.

Em suma podemos afirmar que as superfícies femorais são Sinoviais, sendo as Tibiofemurais do tipo Condilartrose em forma de dobradiças ou tipo Gínglimo e a Patelofemural do tipo Artrodial ou Planartrose com superfícies planas.

A articulação do joelho possui os seguintes elementos de reforço e estabilização: Ligamentos Patelar ou Rotuliano, Colaterais Medial ou Tibial, e Lateral, ou Fibular, Cruzados Anterior e Posterior, além dos Meniscos Lateral e Medial (MIRANDA, 2000).

Esta articulação é capaz de desenvolver quatro movimentos, que são:

  • Extensão;
  • Flexão;
  • Rotação Interna (com o joelho a 30º de flexão);
  • e Rotação Externa (com o joelho em 45º de flexão) (MIRANDA, 2000).

Vamos ao Exercício!

Mesa Flexora – Como Executar

mesa flexora

Os músculos, ossos e articulações que atuam na flexão do joelho possuem algumas obrigações similares as da extensão, como por exemplo:

  • a estabilização da articulação pelo aumento da força muscular;
  • a melhoria na execução de movimentos cotidianos;
  • e melhoria na absorção de impactos, além da relação citada por Campos (2000) de que quanto mais forte forem os flexores mais podemos fortalecer os extensores da coxa.

Descrição do movimento

Posição inicial

O praticante deita-se em decúbito ventral sobre o aparelho, com os joelhos estendidos e o ponto imediatamente superior a articulação dos tornozelos sob o apoio (fase concêntrica).

Execução

Com as coxas e o abdômen fixados no aparelho, deve ser realizada a flexão dos joelhos a partir da elevação dos calcanhares ao máximo possível, ficando o mais próximo possível da região dos glúteos.

Posição final

Deixamos que as pernas se estiquem, fazendo a extensão do joelho e o afastamento dos pés em relação a região dos glúteos, até voltarem a posição inicial (fase excêntrica).

Plano de execução do exercício

Em Campos (2000) é possível verificar que este exercício ocorre apoiado no plano Sagital ou Ântero-posterior, sobre um eixo frontal.

Músculos que participam da execução do exercício

Apesar da análise de Tesch (2000) apresentar os músculos Semitendinoso, Bíceps Femoral, Sartório e Grácil como principais na execução do movimento, mesmo assim, moderadamente, Delavier (2000) e Campos (2000) acreditam que esse exercício seja responsável por grande e intenso envolvimento muscular dos Isquiotibiais (constituído pelos Semitendinoso, Semimembranoso e Bíceps Femoral).

E são citados como músculos acessórios os seguintes grupamentos: Sartório, Grácil, Gastrocnêmio, Poplíteo e o Plantar Delgado.

Tipo de alavanca presente na execução do exercício

O tipo de alavanca presente na execução deste exercício é de Terceira Classe ou Interpotente, onde a resistência esta representada pela perna, o fulcro pela articulação do joelho e a força principalmente pelas musculaturas Isquiotibiais.

Observações e curiosidades

  • Este exercício pode ser executado com apenas uma ou com as duas pernas, respectivamente para iniciantes ou lesionados e praticantes avançados ou condicionados. (RODRIGUES & CARNAVAL, 1999)
  • Delavier (2000), afirma que com os tornozelos estendidos, em Flexão Plantar, durante toda execução do exercício, é viável que se obtenha maior predominância de trabalho sobre os músculos posteriores da coxa, enquanto que com a Dorsiflexão dos tornozelos o trabalho também é intensificado no Gastrocnêmio
  • Este exercício atinge o maior grau de trabalho isolado sobre os Isquiotibiais. (CAMPOS, 2000)
  • O momento de maior resistência, com maior força executada pela musculatura, ocorre quando o fêmur e a tíbia formam um ângulo de 90º. (CAMPOS, 2000)
  • Quando no momento da Flexão de Joelho ou elevação da perna no sentido dos glúteos, o praticante deve ficar atento para a não realização de uma postura Hiperlordótica, sendo essa prejudicial para a coluna lombar, podendo gerar dores, como lombalgias agudas ou crônicas, e lesões, além de herniações.

Referência Bibliográfica

MUSSI, Ricardo Franklin de Freitas; LIMA, Larissa Karla Gomes; GOMES, Marcius de Almeida. Análise cinesiológica de uma série básica de musculação. In: SEMANA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNEB, 3., 2002, Guanambi. Anais… Guanambi: Universidade do Estado da Bahia, 2002.

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