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Análise Cinesiológica da Panturrilha em Pé

cinesiologia panturrilha em pé
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Escrito por Marcelo Gomes

Personal Trainer especializado em Hipertrofia Muscular

Neste post vou te ensinar tudo sobre a análise cinesiológica da Panturrilha em Pé. Você vai aprender sobre a importância dos músculos envolvidos, como que funciona a articulação do tornozelo, como que deve ser feito o movimento e muitas curiosidades.

A Panturrilha em Pé ou Flexão Plantar é um importante exercício que utiliza a articulação do tornozelo.

Análise Cinesiológica da Panturrilha em Pé

A interpretação e organização da análise da panturrilha em pé está obedecendo os seguintes critérios:

  • Uma pequena introdução da articulação e musculatura, seguida da caracterização articular;
  • Descrição do movimento (posição inicial, execução e posição final);
  • Plano de apoio e o seu eixo;
  • Envolvimento dos músculos (principal e secundário);
  • Análise do sistema de alavancas (considerando a musculatura principal como o ponto de referência de força);
  • Curiosidades sobre o exercício.

Segundo Campos (2000), articulação do tornozelo e os seus músculos correspondentes são fundamentais para o equilíbrio e manutenção da postura do corpo.

Sendo inclusive importantes bombeadores no retorno venoso dos membros inferiores.

Devido a estas características esta região assume importante função nas questões referentes a manutenção da saúde dos membro inferiores, além de forte relação com a estética corporal.

Por estes motivos com bastante freqüência são indicados exercícios para essa articulação e consequentemente os músculos diretamente ligados a ela como de fundamental importância para o ser humano.

Aspectos da articulação do tornozelo

Quanto a essa articulação Thompson e Floyd (1997) afirmam que ela seja constituída pelos seguintes ossos:

  • Tálus;
  • Tíbia Distal;
  • e Fíbula Distal, esta é também conhecida como articulação Tibiotársica ou Talocrural.

Quanto a sua classificação, Miranda (2000) aponta como sendo uma Diartrose Sinovial do tipo Trocleartrose ou Gínglimo (em forma de dobradiça).

Sendo na verdade constituída pelas seguintes superfícies articulares:

  • superior do Tálus ou Tróclea, que se articula com a face inferior da Tíbia;
  • a face lateral do Tálus, que se articula com o Maléolo Fibular;
  • e a face medial do Tálus que se articula com o Maléolo Tibial.

Contudo, o mesmo texto afirma ainda que esta articulação seja Biaxial (apresentando dois graus de movimento), sendo assim capaz de realizar os movimentos de:

  • Dorsiflexão (elevação da região dos dedos);
  • Flexão Plantar (elevação da região do calcanhar);
  • Eversão (girar a planta do pé par fora);
  • e Inversão (girar a planta do pé para dentro).

E finalmente são apresentados como elementos de reforço e estabilização articular:

  • a Cápsula Articular e os Ligamentos Medial (com quatro feixes: Tibionavicular, Tibiotalar Anterior, Tibiotalar Posterior e Tibiocalcâneo);
  • e Lateral (com três feixes: Talofibular Anterior, Talofibular Posterior e Calcâneo-fibular).

Descrição do movimento

Posição inicial

O indivíduo se coloca na posição ereta, costas e joelhos estendidos, com a parte anterior do pé (região dos dedos) apoiada sobre um degrau, step ou calço, deixando os pés em posição neutra (voltados para frente) e o tornozelo fazendo uma leve Dorsiflexão (calcanhar pouco abaixo da linha do apoio dos dedos).

Execução

Eleva-se o calcanhar até a extensão máxima do tornozelo, realizando uma vigorosa Flexão Plantar. Onde a pessoa ficará na ponta dos pés.

Posição final

Posteriormente deixa-se o calcanhar descer até que atinja a posição inicial.

Plano de execução do exercício

Segundo Campos (2000) este apóia-se sobre o plano Sagital ou Ânteroposterior, sobre um eixo frontal.

Músculos que participam da execução do exercício

Segundo Tesch (2000) os músculos principais deste exercício são:

  • Tríceps Sural (Gastrocnêmio Medial, Gastrocnêmio Lateral, Sóleo);
  • e o Fibular Longo.

Miranda (2000) ainda acrescenta o Fibular Curto e o Tibial Posterior como principais, além do Flexor Longo do Hálux e Flexor Longo dos Dedos como auxiliares.

Tipo de alavanca presente na execução do exercício

O tipo de alavanca presente na panturrilha em pé é de Terceira Classe ou Interpotente, onde a resistência está representada pelo peso corporal, a força principalmente pela musculatura do gastrocnêmio e o fulcro pela parte do pé apoiada no degrau ou similar.

Observações e Curiosidades

  • O exercício pode ser realizado com uma perna de cada vez, pois assim se torna mais intenso, ou simultaneamente com as duas, neste caso preferencialmente por iniciantes. (TESCH, 2000);
  • A Dorsiflexão no início do movimento é indicada para aumentar a relação estabelecida entre força e comprimento. (CAMPOS, 2000);
  • Quando o ângulo entre a tíbia e o pé está exatamente aos 90º ocorre a maior exigência de força no gastrocnêmio e no sóleo. (CAMPOS, 2000);
  • Podem ocorrer variações na sua realização quanto ao posicionamento dos pés, realizando rotação interna ou externa, podendo assim, aumentar o trabalho sobre a porção lateral ou medial do gastrocnêmio respectivamente. (DELAVIER, 2000);
  • A princípio é possível observar que, com a finalidade de elevar sua intensidade, esse exercício pode ser realizado com pesos extras, tais como barras anilhadas colocadas sobre os trapézios na altura da cervical, caneleiras nos tornozelos, cintura ou punhos e por aparelhos específicos;
  • Este exercício deve ser evitado por pessoas que apresentem encurtamento da panturrilha, joelhos genu-recurvato ou qualquer trauma articular mais severo. (COSSENZA, 1995);
  • O simples fato ligado a realização da caminhada já representa uma forma de exercício para esse grupo muscular, ajudando a manter e a desenvolver sua força. (THOMPSON e FLOYD, 1997);
  • A maior dificuldade encontrada na execução deste movimento é quanto ao seu retorno à posição inicial, onde o iniciante diversas vezes permite que seu corpo desça muito rapidamente forçando uma hiperextensão posterior dos tendões, ligamentos e musculatura posterior da perna e tornozelo, podendo predispor o surgimento e desenvolvimento de futuras lesões tendíneas, ligamentares e musculares, juntas ou de maneira isolada.

Muito top este post não é?

Espero que você tenha gostado deste super post sobre a Análise Cinesiológica da Panturrilha em Pé.

Mas quero te ajudar mais com um outro post, pois sei que quer aumentar o seu conhecimento.

Você já teve distensão da panturrilha?

Então definitivamente precisa ler também: O que é Distensão da Musculatura da Panturrilha e como cuidar

Referência Bibliográfica

MUSSI, Ricardo Franklin de Freitas; LIMA, Larissa Karla Gomes; GOMES, Marcius de Almeida. Análise cinesiológica de uma série básica de musculação. In: SEMANA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNEB, 3., 2002, Guanambi. Anais… Guanambi: Universidade do Estado da Bahia, 2002.

Leia também:

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Você tem dificuldade em Ganhar Panturrilha?
Dá uma lida neste meu post: 5 Dicas para aumentar as panturrilhas

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