Análise Cinesiológica do Pulley Costas

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Neste post vou te ensinar tudo sobre a análise cinesiológica do Pulley Costas. Você vai aprender sobre a importância dos músculos envolvidos, como que funciona a articulação do ombro e do cotovelo, como que deve ser feito o movimento e muitas curiosidades.

O Pulley Costas é um importante exercício que utiliza as articulações do ombro e do cotovelo.

Análise Cinesiológica do Pulley Costas

A interpretação e organização das análises do pulley costas estão obedecendo os seguintes critérios:

  • Uma pequena introdução da articulação e musculatura, seguida da caracterização articular;
  • Descrição do movimento (posição inicial, execução e posição final);
  • Plano de apoio e o seu eixo;
  • Envolvimento dos músculos (principal e secundário);
  • Análise do sistema de alavancas (considerando a musculatura principal como o ponto de referência de força);
  • Curiosidades sobre o exercício.

Estes exercícios são assim classificados devido ao fato de que apesar dos músculos principais serem os anteriores, principalmente os Peitorais, e os posteriores, primordialmente os Dorsais, do tronco em recrutamento, o movimento ocorre mobilizando as articulações do Ombro e do Cotovelo.

Da articulação do ombro e cotovelo será realizada a análise cinesiológica do Exercício Pulley Costas

Aspectos da articulação do ombro

Tratando do complexo do ombro é possível apontar o Cíngulo do Membro Superior que é constituído, segundo Grabiner In Rasch (1991), por duas Clavículas, duas Escápulas e o Esterno.

Grabiner ainda afirma que o conjunto Glenoumeral é constituído pela cabeça do Úmero, hemisférica, e cavidade glenóide, relativamente rasa na lateral escapular.

Agora sobre a Articulação do Ombro ou Escápulo-umeral, é possível afirmar que esta se classifica como uma Diartrose Sinovial, do tipo esferóide ou Condiloidal, com três graus de liberdade de movimento ou Triaxial.

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Possuem os seguintes movimentos:

  • Flexão;
  • Extensão;
  • Abdução;
  • Adução;
  • Rotação Interna;
  • Rotação Externa;
  • Adução Horizontal;
  • Abdução Horizontal;
  • e Circundação.

Além de possuir os seguintes elementos de reforço ou estabilização articular:

  • Cápsula Articular Fibrosa;
  • Orla Glenoidal;
  • os Ligamentos Glenoumerais (Superior, Médio e Inferior);
  • o Ligamento Coracoumeral;
  • e Ligamento Transverso do Úmero.

Aspectos da articulação do cotovelo

É uma articulação formada pela união dos ossos úmero, rádio e ulna, sendo na verdade a união de três superfícies articulares, que são: a Radioulnar Proximal, Umeroulnar e Umerorradial. (MIRANDA, 2000).

Vamos a definição de cada uma dessas três superfícies articulares:

1) a Radioulnar Proximal é do tipo Trocóide ou Pivô, possui apenas um grau de movimento (Monoaxial), e esses são a Pronação e a Supinação;

2) a Umeroulnar é do tipo Trocleartrose ou Gínglimo ou em dobradiça, apresentando um grau de movimento (Monoaxial), realizando Flexão e Extensão;

3) a Umerorradial é do tipo Condilartrose ou Condilar ou em esfera e soquete, sendo Biaxial (com dois graus de movimento), sendo capaz de realizar Flexão, Extensão, Pronação e Supinação (MIRANDA, 2000).

Estas articulações também possuem elementos de reforço e estabilização, que são: a Cápsula Articular (comum as três superfícies) e os Ligamentos Colaterais Ulnar, Colateral Radial e o Anular da Cabeça do Rádio (MIRANDA, 2000).

Vamos ao Exercício!

Pulley Costas – Como Executar

Veja a execução correta do movimento

Descrição do movimento

Posição inicial

O praticante irá se posicionar sentado, com os joelhos e quadril flexionados a 90º em relação a posição anatômica, com as nádegas apoiadas sobre o banco.

Então deverá segurar a barra com os Antebraços Pronados, de tal maneira que os cotovelos fiquem estendidos e os ombros abduzidos a mais de 150º.

Execução

Deve ser realizada uma flexão dos cotovelos e adução dos ombros até que a barra atinja a altura da coluna cervical.

Posição final

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Finalmente é realizada a extensão dos cotovelos e quanto aos ombros ocorre uma abdução até que atinjam a posição inicial.

Plano de execução do exercício

Apesar de ocorrer uma flexão e uma extensão do cotovelo, elas não ocorrem no Plano Sagital, isso devido ao deslocamento do Ombro que se encontra em uma Adução Horizontal de 180º em relação ao plano anatômico.

Desta maneira, o plano de execução da Puxada por Trás no Puxador é o da Abdução do Ombro, ou seja, no plano Frontal ou Coronal ou Lateral, apoiado no eixo Sagital.

Músculos que participam da execução do exercício

Assim como no exercício anterior as literaturas atuais não dividem as atuações dos grupos musculares em principais e auxiliares, com profundidade e clareza.

Desta maneira, serão relatados aqui os grupos que atuam na execução do exercício.

Delavier (2000) afirma que os músculos atuantes neste exercício são: o Grande Dorsal (tanto as Fibras Externas como as Inferiores), o Redondo Maior, o Bíceps Braquial, o Braquial, o Braquiorradial, o Romboide e o Trapézio.

No entanto, Rodrigues e Carnaval (1999) ainda fazem alusão a musculatura Peitoral Maior (nas suas Porções Esternal, Subclávio e Peitoral Menor).

Tipo de alavanca presente na execução do exercício

Neste exercício estão presentes duas alavancas, ambas de Primeira Classe, uma com fulcro no Cotovelo e outra com fulcro na Cavidade Glenóide.

Na primeira, a resistência está presente no Antebraço, o fulcro na articulação do Cotovelo e a execução da força está principalmente no músculo Bíceps Braquial.

Na outra, a resistência está presente no braço, o fulcro está na Cavidade Glenóide e a força está sendo executada principalmente pelo músculo Grande Dorsal.

Observações e curiosidades

  • Rodrigues e Carnaval (1999) dizem que esse exercício também pode ser realizado de joelhos, recomendando que o indivíduo o realize sentado, evitando assim que se faça uma curvatura com o quadril, criando uma concentração de força na região da coluna lombar, o que contra-indica esse movimento para indivíduos Hiper lordóticos.
  • Delavier (2000) afirma que este seja um ótimo exercício para desenvolver as Costas em largura, e que são importantes para prepararem os alunos para posteriormente poderem realizar exercícios na barra fixa.
  • O maior braço de resistência acontece quando os Braços estão paralelos ao solo. (CAMPOS, 2000)
  • Campos (2000) afirma que os movimentos da escápula que acompanham o Ombro, na fase concêntrica do exercício são: a Rotação Inferior e a Adução.
  • Este movimento deve ser evitado por pessoas que apresentem Luxações e dores no Ombro e Cotovelo. (COSSENZA, 1995)
  • Tratando agora da aparelhagem disponível no mercado, o maior problema incorre no posicionamento da polia, que geralmente lança o cabo sobre as cabeças dos praticantes, o que os obriga a praticar uma postura de leve flexão do quadril. Ou seja, a pessoa acaba por curvar a Coluna para a frente, ou ainda é possível identificar casos em que os indivíduos forçam uma Cifose Torácica.
  • E finalmente há também certa incidência de casos que apresentam uma hiper lordose. Todos os casos são gerados apenas por que o cabo deveria se localizar em tal posição que a pessoa se sentaria e este, durante a prática do movimento, deveria descer logo atrás de sua nuca, sem que tivessem de executar nenhuma adaptação em sua postura.

Leia também: Exercício Pulley – O seu guia completo

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Referência Bibliográfica

MUSSI, Ricardo Franklin de Freitas; LIMA, Larissa Karla Gomes; GOMES, Marcius de Almeida. Análise cinesiológica de uma série básica de musculação. In: SEMANA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNEB, 3., 2002, Guanambi. Anais… Guanambi: Universidade do Estado da Bahia, 2002.

Leia também:

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