Comer Banana Evita Cãibra?

comer banana evita caibra

Será que comer banana evita cãibra? Neste post você vai tirar suas dúvidas e aprender as 4 diferentes teorias que tentam explicar porque elas surgem e como prevenir.

Comer Banana evita Cãibra?

Comer Banana evita Cãibra?
Comer Banana evita Cãibra?

Chegou a hora de se entender o que é realmente a cãibra.

Vamos acabar com o monte de besteiras que ouvimos por aí.

A primeira pergunta que sempre aparece é: comer banana reduz a cãibra?

Para essa resposta, leia toda a matéria e entenderá!!!

O que é a Cãibra?

Quem já não teve aquela dor paralisante que dura de alguns segundos a vários minutos e que parece dar um nó no músculo?

Tenho certeza que muita gente.

Súbita e sorrateira, a cãibra surge quando menos se espera. Na calada da noite, embaixo dos lençóis; no domingo de futebol com os amigos ou na piscina do clube e em outras inúmeras situações.

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Cãibra na Panturrilha - Comer Banana Evita Cãibra?
Cãibra na Panturrilha

Podemos resumir cãibras como (espasmos musculares) contrações musculares involuntárias, breves e dolorosas que transmitem a sensação de que o músculo está sendo esticado ou puxado, que vem acompanhada de vários fatores comprometendo um músculo isolado ou um grupo de músculos que realiza a mesma função.

As cãibras podem acontecer após a prática extenuante de exercícios físicos (ênfase desta matéria, sem esquecer que há outras situações) e podem aparecer em diversas condições clínicas, por exemplo: 

  • hipopotassemia (baixos níveis de potássio no sangue);
  • baixa oxigenação.

Por que temos Cãibra?

Segundo (Gali, 2002), normalmente acontecem após atividades físicas e tem duração de alguns segundos, sendo que na grande maioria das vezes ela desaparece subitamente podendo-se observar o endurecimento do grupo muscular onde atuam.

Na maior parte dos casos os músculos freqüentemente mais afetados são:

  • gastrocnêmios (panturrilhas ou conhecida popularmente como “batata da perna);
  • isquiotibiais (posteriores da coxa);
  • abdominais (barriga);

Porém, também é possível ter cãibras em quaisquer outras partes dos membros do corpo.

Para (Gali, 2002) as cãibras musculares podem causar outros tipos de lesões, por conseqüências disto muitas vezes surgem problemas como estiramentos, distensões, ruptura de ligamentos e músculos, dores musculares pós-exercícios e tendinites.

Cãibra na parte posterior de Coxa - Comer Banana Evita Cãibra?
Cãibra na parte posterior de Coxa

Perigos Graves

As cãibras não atingem apenas atletas, mas tem representado grande perigo para os praticantes de esportes aquáticos, inclusive com risco de morte, pois vários relatos apontam que na maioria dos afogamentos tem observados que a causa principal é a cãibra muscular.

Portanto, dependendo da ocasião a cãibra tanto pode representar uma dor momentânea, mas também pode gerar graves situações de risco para qualquer indivíduo, porém não somente para atletas como muitos pensam.

Porém, como o assunto sobre cãibras é um assunto que vem gerando bastante discussão entre os especialistas, estudos recentemente apontaram quatro diferentes teorias para explicar como e porque as cãibras musculares surgem.

As 4 Teorias sobre a Cãibra

  • Teoria Metabólica
  • Teoria da Desidratação
  • Teoria Eletrolítica
  • Teoria Ambiental

Teoria Metabólica

Turíbio (1999) afirma que a teoria metabólica sustenta-se que o músculo se torna “intoxicado” por metabólitos provenientes da atividade contrátil, principalmente o ácido lático e a amônia, que são produzidas durante a oxidação das proteínas conduzidas pelo fígado sob a forma de glutamina ou alanina, sendo transformada em ureia que é levada pela corrente sanguínea até os rins, para ser filtrada e excretada.

Fox (2000) também cita o ácido lático.

Ele afirma que é uma substancia tóxica ao músculo e resultante de uma degradação incompleta dos carboidratos, conhecida como glicólise anaeróbica, responsável pela liberação de energia, que por meios de reações é utilizada pela ressíntese do ATP.

Todo esse processo é realizado dentro do sarcoplasma das fibras musculares.

Teoria da Desidratação

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Esta teoria sustenta-se na afirmação de que o suor liberado durante o exercício físico representa uma perda de água tão considerável que pode provocar desequilíbrio nos fluidos corporais e assim interferir no mecanismo contrátil dos músculos, provocando sua contração súbita.

água e cãibra
É preciso ingerir muita água

Por exemplo, uma pessoa com 60 kg que se exercita por cerca de uma hora perde, aproximadamente, 1500 ml de líquido pelo suor resultante da transpiração, ou seja, cerca de 2,5% da massa corporal.

Se este valor chegar a 5%, o que pode ser atingido em 2 horas de atividades físicas sem hidratação, os riscos para a saúde e particularmente de cãibras musculares são enormes.

Cuidado com a falta de água

Barbanti (1990) afirma que a deficiência extrema de água no organismo pode provocar efeitos tais como:

  • deixar o sangue concentrado;
  • o volume sanguíneo reduzido;
  • a temperatura corporal aumentada em níveis bastante perigosos. 
Cãibra
Cãibra

Barbanti ainda cita que a água consiste no meio onde todas as reações metabólicas intracelulares acontecem e, no músculo, a falta de água pode deixar o sarcoplasma extremamente concentrado e as reações que acontecem nesta região podem ser prejudicadas, provocando distúrbios até mesmo no mecanismo da contração muscular que por meio de processos contráteis involuntários, geram cãibras musculares.

desidratação é uma das causas mais comuns da ocorrência de cãibras musculares em pessoas que sequer realizam alguma atividade física, já que para perder água do corpo o mecanismo da sudorese por excesso de atividade física não é único.

As Bebidas Alcoólicas

Um exemplo de pessoas sedentárias que sofrem cãibras por desidratação sem realizar nenhum tipo de atividade física seriam aquelas que normalmente ingerem grandes doses de bebidas alcoólicas em sua vida cotidiana.

Isto se explica pelo fato de que o álcool inibe a liberação do ADH (hormônio anti-diurético) fazendo assim com que a água não seja reabsorvida durante as etapas da função renal e com isso seja excretada do corpo em grande quantidades, gerando a desidratação.

Acredita-se que esta teoria da desidratação tem importância significativa no que se refere a explicar quais as causas que levam ao estabelecimento das cãibras musculares.

Porém, vários estudiosos que defendem esta teoria se limitam muito, afirmando que apenas a perda de água é que ocasiona as contrações involuntárias, mas existem outras substâncias que vão sendo liberadas além da água.

Teoria Eletrolítica

Muitos estudiosos que defendem esta teoria eletrolítica afirmam que junto à água perdida com a transpiração excessiva é liberada certa quantidade de eletrólitos necessários para o organismo.

ausência destes eletrólitos podem comprometer o equilíbrio dos fluídos corporais no tecido muscular, que em deficiência podem surgir às cãibras musculares.

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Guyton (1988) explica que fisiologicamente a diferença de concentrações de íons entre os meios intra e extracelular é que vão ocasionar o surgimento de potenciais elétricos que ocorrem nas fibras nervosas e musculares, então são esses potenciais elétricos serão responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos e pela contração muscular.

Basicamente é possível dizer que a falta desses eletrólitos geram distúrbios na formação de potenciais elétricos e na contração muscular, ocasionando contrações espontâneas.

Cãibra
Cãibra

Provavelmente além do sódio e potássio, a falta de outros minerais como o cálcio e o magnésio podem contribuir para o surgimento de cãibras musculares, haja visto que os estudos relativos ainda são poucos conhecidos.

Esta teoria explica fisiologicamente todo o processo, mas não complementa o estado do surgimento de cãibras em pessoas com eletrólitos normais, fato em que algumas das outras teorias convêm explicar melhor.

Por isso, partiremos para a próxima teoria, chamada de teoria ambiental, buscando subsídios para melhor concluir este estudo sobre os principais fatores que causam o surgimento das cãibras musculares.

Teoria Ambiental

Neste caso o fator determinante está representado pelas modificações extremas de temperatura causando a constrição dos vasos sanguíneos e o déficit de fluxos com os músculos.

Acredita-se que temperaturas altamente elevadas ou extremamente baixas são as causas principais responsáveis pelo aparecimento de cãibras musculares.

Guyton (1988) afirma que quanto maior a elevação na temperatura corporal, mais intensamente se realizarão as reações químicas que passam no interior das células.

Por isso é que existe um fenômeno denominado de cãibras induzidas pelo calor, quando o aumento dessa temperatura se eleva surgindo reações químicas possibilitando gerar espasmos musculares intensos chegando ao ponto de se tornar involuntários.

Conclusão sobre estas teorias

Estas quatro teorias têm sido temas de discussão entre especialistas e profissionais que estão sempre em busca de mecanismos sobre a origem que ocorre com este distúrbio muscular, mas o objetivo deste estudo não resulta em afirmar qual teoria se aplicar melhor.

Com estas explicações cabem aos leitores tirarem suas próprias indagações, mas para isto, é importante informar como devemos prevenir e também qual o tratamento adequado das cãibras musculares.

Como Prevenir e Tratar as Cãibras Musculares?

Basicamente os sintomas das cãibras musculares se resumem a um só: dor intensa no músculo ou grupamento muscular mais exigido durante ou após uma atividade física.

Alongamentos

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prevenção pode ser realizada sempre com alongamentos antes de iniciar qualquer atividade física. Normalmente recomenda-se fazer uma pré-hidratação antes do exercício consumindo cerca de 150 ml de água 15 minutos.

Alongamentos podem prevenir a cãibra
Alongamentos podem prevenir a cãibra

Hidratação

hidratação é importante durante a prática de exercícios físicos e é recomendado ingerir cerca de 100 a 200 ml de água a cada 10 – 15 minutos, consumir bebidas isotônicas que contem uma quantidade adequada de sódio também é uma maneira sutil de repor o sódio perdido.

O isotônico Gatorade contem cerca de 90 mg de sódio por 200 ml, está é uma quantidade que ajuda a repor o sódio perdido e ainda atende os padrões da FDA and Drug Administration, dos Estados Unidos, para alimentos com baixo teor de sódio.

Fox (2000) afirma que após o exercício físico o recomendado é que se beba água além daquela que se bebem normalmente quando se está com sede. Sob tais condições estaríamos prevenindo as cãibras causadas por possíveis substâncias tóxicas ao músculo.

Massagem

Outra forma de recuperação é feita através da massagem, relaxando a musculatura afetada, pois o músculo irá se aliviar, diminuindo a dor, aumentando os estímulos para toda a corrente sanguínea.

Descanso e reidratação adequada com líquido que contenham eletrólitos, principalmente rico em sódio, irão trazer rapidamente melhoras significantes.

Considerações Finais

Depois de você saber o que é a cãibra, os mecanismos que podem causá-la e as teorias que temos para entender as suas manifestações, nestas considerações finais falarei sobre a pergunta que mencionei no início da matéria. 

Comer banana evita cãibra?

Será que comer banana ajuda no combate à cãibra?
Será que comer banana evita cãibra?

Para muitos a banana é sinônimo de combate à cãibra.

Mas afinal, é verdade que a fruta reduz a contração súbita, involuntária e dolorosa do músculo?

DEPENDE!!!

A cãibra pode ser causada por diversos fatores citadas na matéria:

  • atividade física vigorosa;
  • desidratação;
  • alterações eletrolíticas (queda de potássio, magnésio e cálcio);
  • anemia;
  • diabetes;
  • hipotireoidismo;
  • insuficiência venosa;
  • e doenças neurológicas (na matéria não mencionei o fator doenças, por se tratar de restringir a prática de exercícios físicos, mas estas doenças citadas também podem causar cãibras).

Nestes casos acima, a ingestão de banana não trará nenhum benefício.

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Porém, se a causa da cãibra for a falta de potássio, a fruta pode sim ser um fator preventivo importante, já que, é a fonte mais rica deste nutriente.

Referência Bibliográfica

SILVA, Osvaldo C. O surgimento de cãibra e análise do processo de mecanismo de contração muscular. Revista Digital – Buenos Aires – Ano 14 – nº 131 – abril de 2009.

Outras fontes consultadas: Hospital Albert Einstein

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